segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Mulher Selvagem




No céu negro, a lua cintila como um diamante, sua luz penetra no meu ser, e com uma mão fria, arranca da minha alma, o meu mais profundo grito, e como um lobo que uiva seu amor a lua, por ti grito toda a minha paixão… a lua vai subindo no firmamento, e meu clamor vai-se propagando pela escuridão… a lua chama por mim, minha alma evade-se, um ser selvagem do meu corpo sai, um uivo ecoa no silencio da noite, a lua fria e sem piedade por minha alma puxa, e com um clarão de luz meu ser em dois se divide… meu corpo enfraquecido sobre o chão cai… junto a esse corpo inerte, um animal se encontra, seus olhos cintilam, sua pelagem reluz, e de tristeza um uivo solto, uma lágrima de meus olhos cai, para no rosto gélido cair, para como com um beijo me despedir desse corpo que fora o meu…

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