segunda-feira, 10 de novembro de 2008

sem titulo




Que ser celestial sou?
Que sofre no seu castelo de nuvens?
Onde os ventos se calaram,
Onde as portas se fecharam
E nunca mais abriram?
Que prisioneira sou?
Que amaras divinas me prendem,
Que cadeados demoníacos me aprisionem?

Minhas asas quis abrir,
Minhas asas me cortaram,
Minha liberdade me foi roubada,
Com ela minha vida me tomaram.

Meu coração chora,
Meus olhos nada dizem,
Minha boca calada está
Meu corpo sofrido,
Repleto de feridas,
Sangram…

Com meu sangue,
Palavras escrevi ao vento,
Palavras aos céus…
Dor, sofrimento, solidão…
Sentimentos amargos,
Sentimentos negros…

Minha boca foi cozida com medo…
Com um grito profundo
Rompo esses fios que me calaram…
Mas de minha boca nada sai,
Nem uma palavra,
Nem um som, nada…
Um grito de silencio,
Um grito de anjo…

Sangue…
De sangue o meu ser é feito,
Minhas asas puras e imaculadas
Ensanguentadas estão...
Dor e sofrimento transmitam…
Quero voar mas não posso…

Meu ser preso está,
Quero e não consigo,
Consigo e não posso,
Posso e não quero…

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