quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007

por uma caneta...

Um dia, na escola, roubaram-me uma caneta, a minha caneta preferida…mas o que eu não sabia é que outra coisa também tinha sido roubada… não sabia que o meu coração tinha ficado com a caneta…o meu coração tinha sido roubado e eu não o sabia… comecei a gostar desse “ladrão” um gostar inocente, um amor de criança, de criança que eu era… mas era um amor secreto, não contei a ninguém, ninguém sabia, ninguém desconfiava… nem ele… esse “ladrão” era meu amigo, mas não me dava a caneta – nem o meu coração – e sempre a pedir-lhe… ate que um dia disse que me a ia dar, fiquei a espera, ate que ele me da uma rosa – a primeira rosa que alguém me ofereceu – em vez de me dar a caneta…uma rosa que guardei com muito carinho… mas que já não tenho…
Um dia, esse “ladrão” desapareceu… desapareceu… e eu? Sozinha… sem coração e sem caneta…
Passados alguns tempos pensava ter recuperado o meu coração, pois já estava a gostar outra vez… engano meu… e andei assim durante alguns anos… e passado esses “alguns anos” voltei a encontrar esse “ladrão”, e voltamos a reatar a nossa amizade… e eu apercebi-me, eu nunca tinha recuperado o meu coração… ele esteve sempre com esse “ladrão”, que roubou o meu coração e não sabia… hoje estou feliz… estou com o meu “ladrão”…

Já viram o que uma simples caneta pode fazer?

Reparam em todos os sinais que a vida vos mandem, mas se vos fugirem, não se agarram as recordações, porque por mais volta que a vida dei, chega-se sempre ao destino…

MacGyver, Obrigado por tudo…


By: Angelina Calhabrês

1 comentário:

Anónimo disse...

Os mouros também fizeram história...