quarta-feira, 1 de agosto de 2012

mascara


Costas


Abutres


Era Uma Vez...

Era uma vez uma menina, que vivia num mundo escuro e sombrio, tudo o que ela via era sombras escuras, ameaçadoras... ela vivia se escondendo por detrás de fantasias, de máscaras, mostrando ao mundo aquilo que ela desejava ser, e não tinha forças para ser... A menina foi crescendo nesse mundo escuro, e a sua alma também foi-se escurecendo... e de menina receosa em mulher triste cresceu... sua vida se tornou no mundo em que ela vivia, e ela já não tinha medo das sombras, já fazia parte delas... até que um dia, um novo ser penetrou no seu mundo, enchendo-o de coisas novas, que ela não conhecia... e àquela menina que ela pensava ter desaparecido, voltou à tona... e de novo começou a ficar receosa, mas não das sombras, essas já as conhecia, eram suas companheiras... mas desse ser... que em tudo era diferente... as coisas à sua volta tinham outra tonalidade, e as sombras desapareciam... ela ficava a olhar para ele, escondida pela escuridão, até que um dia ele notou a sua presença... ele ajudou-a a sair das sombras, esticou-lhe a sua mão, e ela, à medo também esticou a dela... e quando à sua mão tocou na dele, tudo se eliminou à sua volta, e foi nesse momento que todo o seu mundo mudou... começou a ver as coisas de uma outra forma... tudo mais claro... a escuridão deu lugar à luz e à cor, as sombras desapareceram para as flores, e a tristeza do seu coração se rendeu ao amor... mas, como todo o conto de fadas que se preza, quando tudo parece estar bem, é quando aparece o mau da fita... e eis que surge o ser da escuridão, tentando o envolver a menina na sua escuridão, mas a luz é mais forte, e a menina corre para ela, e deixa-se envolver nos seus braços, nos seus beijos, nas suas caricias, no seu amor... e à luz a menina entregou o seu coração, a sua alma, a sua vida... mas a luz começou a afastar-se da menina, e ela começou a correr atrás dela... a menina parou de correr, e a luz também... a menina dava um passo na direcção da luz, essa afastava-se dois... a menina dava outro passo, a luz dava outros dois... a menina deixou de sentir o chão debaixo dela, a força das pernas fugiram-lhe, e sobre o chão caiu, e com a última força que lhe restava soltou uma lágrima, e os olhos fechou... a luz precipitou-se sobre ela, mas, quando lhe tocou, não obteve respostas, apenas lágrimas saíam dos seus olhos cerrados... e pouco à pouco a luz foi ficando mais fraca... e vendo que nada acontecia, sentou-se junto da menina, seus olhos fechou, e lágrimas nasceram de seus olhos... suas mãos estavam dadas, suas faces coladas, e as lágrimas de um fizeram acordar... olharam-se nos olhos, nada disseram, apenas se olharam, e com apenas um beijo disseram tudo, com um beijo curaram as feridas, com um beijo se entregaram um ao outro, com um beijo se amaram...


Black Angel

01-06-2012

Sonho

Nesta caminhada pela vida, uma encruzilhada surgiu... Sentei-me, olhei... Meu coração desesperadamente quis seguir o da direita, mas a razão queria o da esquerda... Mas... Olhando com atenção vi, que no meio desses dois caminhos, um trilho sinuoso ia surgindo, escondido pelas silvas e ervas daninhas... Cheguei-me mais perto... E a medida que me aproximava, a guerra que o meu coração travava com a razão, foi amainando, até eu estar de frente para esse trilho... Coração e razão posaram armas, e deram as mãos... Desviei as silvas, e pelo trilho me aventurei...



Parecia que tinha entrado num misto de sonho e pesadelo, onde a fronteira entre o certo e o errado era apenas uma ténue neblina, onde era possível ver o mais angelical dos anjos brincar com o mais demoníaco dos demónios... Não sabia o que era real ou não... Só me lembrava da história da Alice no País das Maravilhas... Mas não me atrevia a virar para trás... Esta sensação era boa demais, e passado algum tempo, o trilho sinuoso foi se tornando mais largo, até chegar a uma praça, um largo... Nessa praça as pessoas chegavam, cada uma do seu trilho e seguiam em frente... E reparei que muitos se sentavam e não seguiam, esperavam, outros, por medo, vergonha ou outro sentimento, tinham a cara tapada... E eu, parei e olhei...



Já tinha caminhado muito, já tinha sofrido muito, e encontrei um lindo banco, perto de uma fonte, a sombra de um Chorão e ladeado pelas rosas mais lindas e perfumadas, "Rosas de Portugal" estava escrito numa placa... Sentei-me nesse banco, fechei os olhos, e inspirei o aroma das rosas misturado com a frescura da fonte... E finalmente descansei... A minha alma repousou... E adormeci... A mente vagueou, e de repente, acordei... Sentia um olhar na minha nuca, procurei a quem pertencia esse olhar... E foi aí que o vi... Um daqueles de cara tapada... E vi que o seu olhar passava de mim para o espaço vazio que estava ao meu lado... Olhei novamente para ele, e pude ver que estava cansado... Mas não estava com vontade de dividir o meu banco, e comecei a procurar do olhar um outro lugar, para dizer ao "Cara Tapada" que tinha um sítio onde descansar... Vi que tudo estava ocupado... Virei-me novamente... Continuava a olhar fixamente para mim e para o banco, e convidei-o, com o olhar, a sentar-se junto a mim...



Sentou-se, e agradeceu-me... Inspirei novamente, e comecei a olhar para as pessoas... Muitas chegavam, e seguiam caminho, outras paravam e pareciam esperar por alguém, até que esse alguém chegava... Outras, como eu, sentavam-se e descansavam, para depois seguirem caminho... Outros ainda, iam em grupos... Depois havia esses que me intrigavam, esses que eram como o meu vizinho... Pareciam que se sentiam perdidos... E comecei a olhar para ele, para o meu vizinho... E vi que era uma máscara, daquelas brancas, cara de manequim, e apenas lhe vi os olhos, uns olhos lindos, mas sem vida... E a minha alma sentiu-se tocada... Senti necessidade de lhe falar... E falei, ele falou, e nos conversamos... Não sei se se passaram segundos, minutos, horas, dias, ou até mesmo meses... Mas, ele levanta-se, tira a máscara, e diz-me "estou preparado para seguir em frente, vens?", e estende-me a mão... E sem pensar seguindo apenas a minha alma, coloquei a minha mão na dele e fui...



O caminho era único, todos seguiam na mesma direcção, uns andavam, outros corriam, ainda havia que tentasse voltar atrás, mas sem sucesso... E lá ia eu, acompanhada nessa jornada... Tudo parecia mais fácil... E foi aí que tudo começou a desaparecer... E senti que algo puxava por mim... E foi aí que abri, realmente, os olhos pela primeira vez...



Lá estava eu, desperta, feita parva, a olhar para ele... Olhos nos olhos... Até que nossos lábios se tocaram, e voltei para esse mundo, lindo, ao qual chamo de amor... Mas isso, é uma outra história... 



By: Black Angel (Angelina Calhabrês)

25-04-2012

Amor

No silencio da noite adormeço,
O som da tua voz vagueia na minha mente
Os teus "amo-te" surgem nos meus sonhos
E com eles a saudade do teu amor

Como um sussurro dos deuses,
O teu bom dia me desperta,
O calor da tua voz, aqueça a minha alma
Que a fria noite envolveu...

Sinto o teu amor percorrer meu corpo
Sinto os beijos que os sonhos me roubam
Sinto o teu abraço que os deuses negaram
Sinto o teu calor que o universo quer roubar...

O teu sorriso faz nascer o meu
O teu olhar faz-me sentir única
O teu sorriso faz o meu coração bater mais forte
O teu olhar faz com que o meu amor floresça...


Nesta jornada que a vida nos concede
Caminhos, cruzamentos, atalhos
Vão-nos aparecendo pela frente,
E nem sempre sabemos o que fazer

Por vezes, olho por cima do ombro
Mas os ventos da fortuna
Apagaram os meus passos
E para trás não posso voltar

Pedras vão surgindo no percurso
E com elas vou me construindo
E tu, por mero capricho do destino,
Saiste do meu trilho...

Mas hoje, encontrei-te novamente
Quero caminhar contigo,
E percorrer este labirinto
Que é a vida...

Nossos trilhos lado a lado estão
Mas, por obstinação da fortuna,
Ainda não se uniram num so
Para poder contigo ficar

E o teu nome é Amor...

08-03-2012

Black Angel



domingo, 5 de fevereiro de 2012

Jardim Secreto

Sonhei... Um sonho incrível... Eu era eu, e não era... Era eu, mas um eu não de agora, um eu do passado... Um eu
criança, um eu puro, sem maldade... Um eu que vias as coisas como elas são, e não como deveriam ser... Sonhei que
brincava, brincava num jardim... Mas, mais ninguém estava comigo... Estava no meu jardim... Estava naquele mundo,
naquele mundo só meu... Estava no meu jardim, no meu jardim secreto... Onde cada borboleta guardava uma sonho,
onde cada flor representava um sorriso, onde cada fonte significava esperança... Era um lugar lindo, cheio de sol,
vida... Mas no meio desse jardim algo estranho estava, uma árvore... Uma árvore que nunca lá tinha estado...
Aproximei-me... Observei... E, toquei na árvore... Algo estranho aconteceu... Tudo se tornou sombrio e frio...
Afastei-me, meus movimentos eram mais pesados... Tudo a minha volta está diferente... As borboletas que antes
voavam, umas escondiam-se de medo, outras jaziam no chão, por entre as flores, espinhos nasceram... E das fontes,
donde antes jorava uma água limpida, estava agora coberta de musgo... E eu... Que era criança, cresci... Voltei a ser
eu... Voltei a ver os meus sonhos destruídos... Voltei a ver lágrimas no lugar dos sorrisos... E de onde antes estava a
esperança, está agora o desespero...

Acordei... E apenas vi, que o sonho, era a minha vida...

By: Angelina Calhabrês Mouro, 05-02-2012

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

100 titulo

Ser solitário
Ser acompanhado
Ser de todos
Ser de ninguém

Teu jeito de criança
Torna tua vida simples
Teu jeito de homem
Torna tua vida complexa

Entre a solidão e multidão
Vives
Entre o simples e o complexo
Sobrevives

Teu jeito de criança
Atrai
Teu jeito de homem
Apaixona

Entre criança e homem
Entre simples e complexo
Entre atrair e apaixonar
Te tornas perfeito

Mas com tanta perfeição
Teu ser se criou
Que imperfeita
Se torna a tua vida

Mil mulheres te pertenceram
Mas a nenhumas pertenceste
Ontem eu, hoje ela
Amanhã é mistério

Todas te marcam
E a todas deixas tua marca
Umas mais outras menos
Mas tua marca será eterna

Entre a criança e o homem
Entre a solidão e a multidão
Entre o simples e o complexo
Vives e sobrevives

Angelina Calhabrês
01-10-2009

sinto-te

Sinto saudades...
Será bom ou mau?
A tua voz vagueia no meu espírito
Como um doce sonho...
Sinto que te perdi...
Sinto que ja me pretences...
Sinto que ... sonhei ...
Diz-me que nao sonhei...
Diz-me que essa chama,
Que ardia, que ainda arde...
Diz-me...
Basta uma palavra tua...
E serei tua novamente...
Preciso de ti...
Quero esconder este sentimento,
Que me corroi por dentro...
Mas ele é mais forte que eu...
Mas...
Sinto-te a fugir...
Sinto que por mais coisas que te diga,
Nada sera como antes...

Angelina Calhabres
17.09.09

boa noite

os lençóis abracam-me
Com este aconchegar....
Os pesadelos que me atromentavam
Desapareceram...
Uma noite calma me aguarda
Com sonhos de paz...

Desejos-vos boa noite...
De alma e coração
Até mesmo a quem não goste de mim
Pois todos somos iguais
Por mais diferentes que sejamos...
A nossa partida e nossa chegada
É a mesma
Diferente são os caminhos...

Boa noite

Angelina Calhabrês
15.09.09

medo

A noite aproxima-se
O medo começa a invadir-me,
O panico toma conta de mim,
Este quarto...
Este quarto que me aguarda...
Esta noite...
Esta noite
que esta para chegar...
E com eles...
Com eles a tua lembrança...
A lembrança da tua voz,
Do teu toque, do teu carinho,
A lembrança do teu beijo,
Do sabor, do teu calor,
Quando minha alma,
Se enche de ti,
Meu coraçao chora,
Por nao te ter...

Angelina Calhabres
11-09-2009

solidão

Solidão, minha eterna companheira, minha inspiração das horas vagas. Tu, minha amiga, tens vindo invandido meu coração preeenchendo minnha alma com o teu choro, os dias parecem não terem fim, a vida parece não ter fim... meus olhos, o teu reflexo, querem chorar a toda a hora... meu coração sente-se apertadinho... o amor parece já não me acalmar... o Teu amor não parece me acalmar, eu queria o Vosso amor, mas, não o sinto... Sinto-me uma desilusão aos Vossos olhos, e a Solidão me dá a mão, para, mais uma vez. nos braços dela chorar a minha tristeza... Amigos? Acho que não sei o que é isso, mas o que sei, é que encanto a Solidão estiver comigo sentirei-me sempre forte para enfrentar a vida, até esta acabar...

By: Black Angel /Angelina Calhabrês
23/08/09

silencio da noite

vegueio pelo silencio da noite
em que tudo a minha volta
é sombrio e frio

vagueio por esse silencio
que comanda a minha vida
e determina o meu destino

de silencio pintei minha vida
e como artista enfurcido
com um grito mancho a obra

nesse silencio que era perfeito
meu grito imperfeito o torna
e nesse grito eu nasco

angel aka black angel
25-06-09

Magóa

Ser magoado é uma das piores coisas que acontece... mas o coração chora mais ao sabermos que magoamos..,Queremos proteger quem amamos, queremos proteger aqueles que encontraram moradia em nossos corações, a protecção, meus amigos, pode ser uma arma mortífera... Quis-te proteger, meu amor, com meus males não te quis atromentar, tu... anjo salvador... tu meu anjo, que os males te abençoaram com sua espada de dor... e sobre mim o sofrimento caiu, mas minha face quis cobrir, minhas lágrimas ao chão impedi de chegar, para seu som não te chamar... Que maior erro meu coração fez, de ti quer esconder parte de mim... Quis te proteger de minha dor, mas de dor te cobri... meu coração que antes chorava, em pranto vai estar... Aqui te peço desculpas... Desculpas não mereço... Não me fales.. Minha alma despida perante ti está, esperando pelo sinal da vida ou da morte... Desculpa...

By: Angelina Calhabrês aka Black Angel
13-06-2009

terça-feira, 26 de maio de 2009

MAS SERÁ ISSO “ESTAR VIVO”?

Sentes-te vivo? Estarás mesmo vivo?
Respiras, enches o pulmões de ar,
Teu corpo replete-se de oxigénio…

Teu coração bombeia teu sangue
Pelas veias, que correm pelo teu corpo…
Mas será isso “estar vivo”?

Sentes dor quando te picas?
Sentes esse arrepio
Quando o fio invade teu corpo?

Não, isso, não é estar vivo,
Isso é apenas estar presente no mundo…
Uma presença física,
Algo que vai crescendo,
Mas que vive…

Viver é sentir uma a dor
Na alma quando estamos tristes

Viver é sentir pulos de alegria
Na alma quando estamos felizes

Viver é sentir a vida
E não deixá-la passar

O destino de todos nós é o mesmo:
“Vivemos para morrer”

Mas a vida é única,
E essa tem que se sentir com a alma
E não com o corpo…

By: Black Angel
23-12-08

100 titulo

Existe um anjo
Um anjo que voa
Que voa neste mundo
Neste mundo de tristeza
Tristeza de amargura
Amargura que enche a alma
Alma dos perdidos
Pedidos como esse anjo
Esse anjo perdeu-se
Perdeu-se nessa voz
Nesse voz que o encanta
Que o encanta dia e noite
Dia e noite da minha vida
Minha vida…

By: Black Angel
03-12-08

ESCOLHA

Presa entre dois mundos…
Mundo da Luz,
Mundo da Escuridão
Qual desses Mundos
Me acolherá?

Mundo da Inocência
Mundo da Pureza

Mundo da Noite
Mundo da Pecado

Porque tenho que escolher
Entre estes dois Mundos?

Esses mundos me fascinam
Esses mundos me chamam

Meu coração se divide
Com os chamamentos

Minha alma se confunde
Com o desconhecido

Meu corpo vibra

Mundo da Luz
Mundo de Pureza
Mundo Inocência
Mundo acolhedor
Para as almas
Que buscam o reconforto
Que andam pela Demande
Do Sant’Graal

Mundo da Escoridão
Mundo da Noite
Mundo do Pecado
Mundo acolhedor
Para as almas
Que buscam o prazer
Que andam pela Demande
Do Sant’Graal

Para que escolher
Entre esses dois Mundos
Se o objectivo é o mesmo?

O Imortalidade quis ter
Na dúvida permaneci
E numa mortal me tornei
Por não escolher
Entre o Bem e o Mal…

By: Black Angel
26-05-2009

domingo, 10 de maio de 2009

AMOR ETERNO

No cimo da colina,
Um anjo estava sentado,
Suas asas estavam recolhidas
Seu olhar perdido…

Nas suas mãos, umas rosa…
Nos seus olhos, uma lágrima…
No seu coração, sofrimento…
Na sua alma, tristeza…

Do alto da colina,
Os infelizes quis proteger
Mas sua com sua alma martirizada
Os infortúnios não viu,

Suas lágrimas rolaram
Sobre sua face,
E pela colina deslizarem
Até aos pés de uma mortal…

Uma suave música
Acompanhava essa ribeira de tristezas
Junto à musicalidade
Um murmúrio quase inaudível:

“ Anjo Guardião sou
Do mal protejo as almas
Do pecado as guardas,
Quando me chamam

Minhas asas abro
E seguindo o som das lágrimas,
Até eles voo,
E com minhas asas

As salvo da má aventura…
Mas quem salva um anjo
Da má aventura
Que é o amor?”

Essas palavras tocaram
O coração da jovem mortal,
Seguindo as lágrimas
Até ao anjo caminhou…

Sua mão pousou sobre as deles
Com uma suave carícia,
Suas lágrimas limpou da face
Junto à ele se sentou…

Ambos olhavam para o horizonte
A lua brilhava no alto
De mãos dadas, anjo e mortal,
Amor eterno juraram…

By Black Angel
10-05-2009

domingo, 8 de março de 2009


com palavras doces me tens presenteado, com ternuras me tens alegrado, e apenas com silencia tenho retribuido... as palavras tornam-se escassas para o coraçao falar, as palavras tornam-se insignificante quando a alma quer falar...tudo perde valor quando apenas um beijo te quero dar, e o calor do teu abraço quero sentir...

sábado, 17 de janeiro de 2009

confunsao temporal


tantos sentimentos vivi, alegrias e tristezas... um coraçao pequeno e sofrido... imaculado e negro... minhas alegrias transcritas nos meus olhos ficaram... tristezas... essas, que sao intemporarias, no meu coraçao, ficaram gravadas, escritas com o sangue que meus olhos choraram... no passado das minhas recordaçoes vivo, fazendo delas meu presente, construindo sobre elas o futuro...com a minha pena quis escrever minha tristeza, mas os tempos confundem-se vivendo entre passado e futuro, minhas magoas, minhas tristez... vivendo apenas a minha triste sina, de uma mortal que num anjo se quer transformar, para finalmente, paz eterna encontrar...

menina que chora


Perdida num mundo
Onde seus gritos mudos
De criança não foram ouvidos,
Onde suas lágrimas secas
De criança nada molharam...
Uma mão de amor esperava,
Mas palavras de dor recebia...
Criança infortuna, que chora
No silêncio da sua infância,
Os adultos que te rodeiam
Não conseguem ver teu coração
Que de solidão chora...
Teu quarto, transmita
Tudo aquilo que és
Mas também,
Tudo aquilo que não és...
Choras, rezando à Deus,
Por uns ouvidos que te saibam ouvir
Mas, ninguém apareceu...
Crescendo nessa ilha deserta,
Onde apenas existes tu...
Tu e essa solidão...
Tu e essa incompreensão...
Foste crescendo,
E contigo a solidão e a incompreensão
Também cresceram...
Neste mundo onde te perdeste
Amigos nunca tiveste...
Ilusões...
Essas ilusões preencheram-te...
Em mulher te tornaste,
E no mundo,
Onde tua infância se perdeu,
Transportas contigo
A tua ilha...
A solidão te persegue,
A tua infância não te largue...
E, inocentemente,
Tua alma infantil,
Aos céus continua rogando
Por aquele navio
Que dessa ilha te resgatará
E para longe da solidão te levará...
Perdida neste mundo,
Esta criança,
Em corpo de mulher continua vagueando,
Seus gritos na noite ecoam,
Suas lágrimas pelo seu rosto deslizam
Mas nessa ilha prisioneira está...
Menina que chora...

Black Angel
05-01-09

domingo, 21 de dezembro de 2008

queda


por vezes achamos a vida injusta... prega-nos rasteiras, e nos... como pobres humanos que somos, caimos... e como de carne e sentimentos somos feitos, magoamos-nos... a dor torna-se insuportavel, mas por vezes o que doi mais, é o olhar de quem troça de nos, que fere a alma... mas temos que ser fortes, e levantar-nos... com muito custo, e continuar a caminhar... essa ferida irá sarrar, mas deixará em corpo e alma, cicatrizes que nos farão lembrar da queda... e quando, a nossa frente alguem cair, sermos os primeiros a ajudar a levantar, a nao rir, por saber, que a alma sofre mais que o corpo...
mas com isso vemos que a vida nao foi injusta... ajudou-nos a crescer... e a sermos Homens e nao meros animais...

black angel

15-12-08

domingo, 7 de dezembro de 2008

sem titulo


no ceu brilham mil e uma estrelas,
no mar estao mil e uma gotas,
no mundo ha mil e uma pessoas,
no teu coraçao existem mil e um sentimentos,

mas nao te esqueças que:

no ceu uma estrela brilha por ti,
no mar uma gota foi chorada por ti,
no mundo uma pessoa pensa em ti,
e espero que no teu coraçao exite um sentimento por mim...


black angel 03-12-08

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

anjo sofrido


Anjo sofrido, tu que choras num mundo onde pedem para sorrir. Neste mundo de falsidades, tu anjo sofrido, vives, não… tu não vives, sobrevives, lutas contra muita coisa, mas pior de tudo, lutas contra ti mesma, porque? Para mostrares ao mundo aquilo que não és? Para mostrares que te ris quando na realidade queres chorar? Que beijas quando queres bater? Renegas o teu ser para num mundo de falsidades viveres? Desculpa, sobreviveres… porque?
Tu anjo sofrido, que lutas muitas vezes por um ideal que não atinges, tu que sofres em silêncio, tu que teus males esqueças para com tuas asas cobrir as almas mal-aventuradas, e a ti? E a ti quem protege? Ninguém! Abre as tuas asas e voa, voa até ao infinito! Onde deixaras sarar essas feridas, onde a tua alma esquecera tudo o que lhe fizeram, onde essas palavras afiadas não existem, onde ninguém a magoa! Onde essas dores deixam de doer, onde nada disso existe!
Voa! Voa para longe desse sofrimento! Esquece esse punhal! Esse punhal que fere corpo e alma, esquece essas palavras, esquece esses gestos! Abre as tuas asas e se aquilo que nunva foste: SÊ FELIZ!!!

Black Angel 30-11-08

sábado, 22 de novembro de 2008

(des)amor paterno


Meus olhos de criança vi quando minhas antigas fotos desfolhei… Minha cara de boneca de porcelana, paz e felicidade transmitiam, mas que coração negro transportava sem saber… Os anos foram passando, e com eles fui crescendo e meu coração negro foi aumentando… numa prisão dourada cresci, minhas asas quis abrir, mas não conseguia…
A ti quis agradar, corpo e alma meti, mas de nada adiantava, meus esforços aos teus olhos não tinham importância… Meu coração chorava em silêncio… para te agradar, gostos que não eram os meus tomei… de bonecas não quis saber, para te agradar de carros, pistolas quis saber, de tudo fiz, mas tu nada valorizavas…
Fui crescendo, a boneca que eu era desaparecera… meu quarto repleto desses mil olhos que olhavam para mim, mas nada me diziam... esses ouvidos que ouviam meus prantos mas que não me consolavam.
A ti quis agradar, mas nada de que eu fizesse te faria demonstrar orgulho de mim. De tua boca não ouvia o que queria, mas dela ouvi o que não queria… como essas palavras magoavam… e como ainda hoje ainda magoam.
Tudo o que eu faço, a tua aprovação não recebo, tudo o que faço, desprezas.
Vim ao mundo para um espaço no teu coração preencher, mas no meu coração um buraco cavaste, um buraco sem fundo, um buraco onde estou prisioneira.
A ti quis agradar, meu corpo e alma tentaram, mas de ti, não recebo palavras de reconforto. Faço de tudo, mas nada consigo.
Que fiz eu para merecer tal sina? Teu amor não me demonstras, choro no silêncio da minha infância, e tu não ouves….
Minhas lágrimas fazes cair, sorrisos não nascem num coração triste.
Que tenho eu a fazer para a ti agradar?
Meu coração de menina bate neste corpo de mulher para te agradar, para de mim, um dia, te orgulhares!

Black Angel 22-11-08